Beyoncé é simultaneamente a capa do mês de Junho na Billboard Americana e Brasileira, a musa do R&B contou pra Billboard como foi seu processo de inspiração para o seu novo álbum o “4″. A diva ainda contou detalhes de como foi seu tempo de produção afastada dos holofotes descansando e ao mesmo tempo produzindo seu novo álbum e sobre o próximo filme na qual ela ira atuar. A matéria é a mesma tanto na revista Americana quanto na Brasileira, caso você não possua sua Billboard Brasil de Junho ainda, você pode acompanhar a matéria à baixo exclusiva da Billboard que foi feita enquanto a Beyoncé era levada de uma sessão de fotos em Long Island para um estúdio de gravação em Manhattan.
Toda vez que você lança uma música nova parece que ela gera um bordão. Isso é algo no qual você pensa?
É isso que eu sempre quero fazer, eu me sinto atraída por músicas que irão se tornar assunto durante o jantar! (risos) Com “Single Ladies” eu tinha acabado de me casar e as pessoas querem se casar todo ia – então aconteceu todo aquele lance com Justin Timberlake (recriando o vídeo) no Saturday Night Live. Também foi o ano em que o YouTube arrebentou. “Irreplaceable” tinha a letra agressiva, o violão e a 808 (Bateria Eletrônica) – essas coisas normalmente não andam juntas e isso soava novo. “Crazy In Love” foi a mais um daqueles momentos clássicos da cultura pop que ninguém esperava. Pedi a Jay para trabalhar na música na noite de véspera da data de entrega do álbum pronto e, graças a Deus, ele aceitou. Essa Música nunca me cansa, não importa quantas vezes eu a cante.
O novo single “Run The World (Girls)” é uma declaração muito ousada da sua parte.
Com certeza, é mais arriscado do que algo mais… simples. Eu apenas ouvi a faixa e amei o quão diferente ela era: parecia um pouco africana um pouco eletrônica e futurista. Ela me lembrou do que eu amo, qual é a misturar diferentes culturas – coisas que normalmente não ficam bem juntas para criar um novo som. Eu nunca posso jogar só na segurança. Sempre tento ir contra a maré.. Tão logo eu conquisto uma coisa. Já estabeleço um novo objetivo muito alto. Foi assim que eu cheguei onde estou.
O novo álbum se chama 4, que significado esse numero tem pra você?
Todos nós temos números especiais em nossas vidas e o 4 é especial para min. É o dia em que nasci, o dia do aniversário da minha mãe e o dia do aniversário de muitos dos meus amigos. E 4 de abril (4/4) é a data do meu casamento.
Como começou o seu processo criativo com esse novo trabalho?
Gravei mais de 60 músicas: tudo que nunca quis tentar, eu fiz. Comecei sendo inspirada pelo [pioneiro do afrobeat] Fela Kuti. Eu, na verdade, trabalhei com a banda de Fela durante alguns dias, só pra sentir a alma e o coração da música. É tão sexy e tem um groove excelente que você se perde nele. Eu adorei a percussão, os metais, como tudo soava como se fosse um. O Que mais aprendi com Fela foi a liberdade artística: ele simplesmente sentia o espírito. Também encontrei inspiração no R&B dos anos 90, em Earth, Wind e Fire, DeBarge, Lionel Richie, Teena Marie… Ouvi muito Jackson 5 e New Edition, mas também Adele, Florence+The Machine e Prince. E minhas influências de hip hop. Dá para ouvir o quanto são abrangentes. Eu também me permiti ter maior liberdade para realmente cantar forte alguma das canções e trazer o seu estilo soul de cantar de volta – usei muita agressividade e força em minha voz, algo que as pessoas ouvem nas minhas apresentações ao vivo, mas não necessariamente nas minhas gravações.
Você é um ícone do poder feminino. O que esse poder significa para você?
O poder significa felicidade, o poder significa trabalhar duro e fazer sacrificios. Para min, trata-se de um estabelecer um bom exemplo e não abusar do poder! Você ainda prescisa ter humildade: eu já vi como se pode liderar pelo exemplo, não pelo medo. Minha visita ao Egito foi uma enorma inspiração. Depois que o sol se punha eu não vinha mais nenhuma mulher. Era chocante e fascinante para min, porque era algo tão extremo. Eu via milahres de homens andando pelas ruas, socializando e nenhuma mulher. Eu me senti muito orgulhosa quando me apresentei e vi a força que as mulheres estão recebendo por meio da música. Eu me lembro de estar no Japão quando o Destiny’s Child lançou “Independent Women” e as mulheres estavam falando sobre o quanto se orgulhavam de ter seus próprios empregos, seu próprio pensamento independente e seus objetivos. Isso fez com que eu me sentisse bem e percebi que uma das minhas responsabilidades era inspirar as mulheres de uma maneira mais profunda.
Voce está sempre em movimento. Não descansa nunca?
Eu tive um dia de folga pra levar meu sobrinho á Disneu, o que foi muito divertido. Eu não fazia algo assim há uns dez anos a última vez em que eu estive num parque tematico foi com o Destiny’s Child Andamos em todos os brinquedos, em alguns duas vezes, e foi a primeira vez que meu sobrinho andou numa montanha-russa. Havia milhares de pessoas lá porque era Páscoa, mas todo mundo era muito educado e respeitoso e deixaram a gente circular por lá tranquilamente. Nos divertimos muito. Eu estava usando um chapéu do Pateta gigante! (risos). Era pra ser meu disfarce com uma aba enorme para cobrir meu rosto e as orelhas caidas do lados mas no fim da viagem percebi que as pessoas sabiam que eu estava fazendo papel de boba com esse chapéu (risos). É uma recordação muito especial para min.
Este é o primeiro álbum que você faz sem seu pai como empresário. Quais opções foram abertas que talvem sejam diferentes das que existiam antes?
Não é que algo de mal tenha acontecido entre nós. Minha familia sempre me apoiou, e eles me aponham ainda, mas quando você trabalha com as mesmas pessoas há 15 anos, é natural acabar querendo ter suas proprias idéias. Acredito que os paus preparam os filhos paa o momomento em que viverão por contra propria. A esta altura, estou pegando tudo que minha mae e meu pai me ensinaram e tenho a capacidade de fazer as coisas ao meu modo. Estávamos num ponto em que aprendiamos muito uns com os outros e agora é empolgante para mim faer isto por contra propria e contrar minha prórpia equipe. Comecei a empressariar a mim mesma.
Sua carreira cinematografica teve uma reviravolta interessante. Você passou de Dreamgils para Cadilac Records e para Obsessed e agora está trabalhando na mais nova refilmagem de A Star Is Born
É um sonho que se realiza. Ainda estou em estado de choque sem acreditar que isso possa realmente estar acontecendo. Clint Eastood é com certeza o melhor e estou muito honrada e me sinto humilde por isso. Eu não estava com pressa alguma para fazer u novo filme a não ser que fosse o filme certo e nem ao menos queria chegar perto de A Star Is Born, e não ser que fosse com ele. Eu, nã verdade fiquei sabendo que esse projeto existia e meio que me apossei dele. Quero começar a trabalhar imediatamente!
Nasce uma estrela é uma escolha apropriada, pois segue a ascensão de uma cantora ao estrelato. Qual foi o marco na sua subida?
Acho que foi quando o Destiny’s Child trabalhou com Wyelef Jean em “No, No, No Part 2″, éramos tão jovens e inexperientes e encatadas com tudo, eu mal podia esperar para cantar com ele. E Ganhar nosso Grammy por “Say My Name” foi incrível. Eu me lembro de ouvir a música na rádio pela primeira vez: eu tinha uma sensação de “uau, isso soa ´clássico algo que vai durar pra sempre”. Esas melodias e aquela maneira acelerada de cantar cantar em staccato criaram um novo estilo. Isso inspirou todo um novo movimento de R&B. Ser parte disso foi incrível.
Depois de todas essas realizações, como é partir para carreira solo?
Assustador e, ao mesmo tempo me da força! Todos no grupo estão muito nervosos e com muito medo de fazer coisas por contra própria. Tínhamos saudade de uns dos outros. Foi duro ter que tomar minhas próprias decisões e não ter alguém pra me dizer “concordo” ou “discordo”. Mas passar por isso foi parta da minha vida, foi o primeiro passo para min, mas um dos muitos passos que tenho certeza que darei. Eu me sinto um pouco assim de novo, agora. Estou chegando aos 30 anos e finalmente fiz uma pausa em minha vida, que é algo que eu nunca havia feito antes. Tirei um ano de férias, viajei, passei um tempo com meu marido, acordei na minha própria cama, comi tudo o que queria, fui a museus, vi peças da Broadway, assisti a documentários e tive experiências de vida. Eu nunca vou a shows porque normalmente estou tocando, por isso vi muitos shows, bandas excelentes, como Muse e Rage Against the Machine, e isso inspirou o novo álbum. Existem muitos artistas aos quais eu nunca fui exposta: sou como uma esponja, absorvo tudo e aprendi muito assistindo a essas incríveis performances. Ter tempo de crescer como ser humano foi realmente muito inspirador e me deu muito de onde tirar forças. Estou empolgada coma ideia de crescer. Posso simplesmente me divertir, e a liberdade artística que tenho me permite fazer o que eu quiser. Nesta altura, eu realmente sei quem sou e não sinto que tenha de me enquadrar num rótulo. Não tenho medo de me arriscar, ninguém pode me definir.
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