Beyoncé Knowles teve o mundo aos seus pés antes dos 30 anos, mas ainda assim se sente honrada pelo que considera “a maior oportunidade da vida” – o papel principal no remake de “Nasce Uma Estrela”, dirigido por Clint Eastwood.

A cantora e agora atriz, cujo álbum “4″ estreou em primeiro lugar nas paradas pop em junho, disse à Reuters que considera uma sorte ter podido encarnar o papel que já foi de Barbra Streisand e Judy Garland.

Eastwood vai dirigir o quarto remake que conta a história da cantora e atriz Esther Blodgett, e Beyoncé se lembra com ternura de, ainda criança, ter visto as versões anteriores com sua mãe.

“Foi quando eu virei fã da Barbra Streisand, e então vi a versão com Judy Garland e percebi que a cada 20 a 30 anos nasce uma nova estrela e um novo talento que representa essa geração e essa era –então eu não achava que algum dia teria a oportunidade de ser essa estrela”, disse ela.

Beyoncé já ganhou 16 prêmios Grammy, é casada com o rapper magnata Jay-Z, liderou lista da revista Forbes das celebridades mais poderosas e influentes, e é uma das artistas mais lucrativas da música mundial.

Atuou em outros filmes com grandes elencos, como o amplamente elogiado “Dreamgirls”, mas disse que ter conhecido o premiado Eastwood ainda é algo que a faz tremer.

“Sei que é a maior oportunidade da minha vida. Vou me empenhar o quanto eu puder”, disse ela. “Porque mal posso esperar. E eu estou feliz demais por ele confiar em mim, e estou em boas mãos e tenho muita sorte”.

A filmagem deve começar no final do ano e, segundo o site Deadline Hollywood, o principal papel masculino pode ficar com Leonardo DiCaprio. Mas, por enquanto, Beyoncé ainda está ocupada gerindo a carreira de cantora, tarefa que ela assumiu no lugar do seu pai, Matthew Knowles.

Essa passagem de bastão é acompanhada atentamente pelo mercado fonográfico. Sem se referir diretamente ao pai, ela disse que é “difícil equilibrar o negócio com a criatividade”.

“Estou dormindo com o meu Blackberry, sonho que estou respondendo e-mails”, afirmou.

Embora “4″ tenha estreado no topo das paradas, sua vendagem nas primeiras semanas foi a mais baixa na carreira dela, e os singles “Run the World (Girls)” e “Best Thing I Never Had” tiveram desempenho aquém de outros hits da cantora.

Segundo Beyoncé, que partiu para a carreira solo depois de surgir na banda feminina Destiny’s Child, o novo álbum “foi um trabalho de amor, não (uma coletânea de) singles”.

“Eu sentia que a emoção, os instrumentos ao vivo e o ‘soul’ estavam em falta no setor fonográfico, especialmente na música popular. Eu quis que ela trouxesse de volta a música que eu cresci ouvindo”, disse a cantora, nascida em Houston, Estado norte-americano do Texas. “É como uma mistura das décadas de 90, 70 e do rock’n'roll.”

Beyoncé completa 30 anos em setembro, então como ela estará, digamos, aos 60?

“Tenho certeza que aos 60 não vou estar fazendo a dancinha ‘Oh-Oh-Oh’, isso não vai ser bonito”, riu ela, referindo-se à dança de “Single Ladies”.

“Acho que a minha prioridade serão meus filhos, e tomara que até lá os meus netos – e minha gravadora, produtora ou seja lá o que for”, complementou.


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